BDSM e o Epicurismo
- Tulipa
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BDSM E O EPICURISMO
Crônicas do Mestre Sade
Dia desses uma amiga se espantou ao saber que eu havia tido duas sessões com minha submissa e, em nenhuma delas havia tido sexo (ou ao menos, sexo convencional, com penetração). De fato, fazer sexo com a mulher parece o impulso da maioria dos homens héteros ao ver uma mulher nua e à disposição à sua frente. No entanto, não só eu, mas vários outros dominadores costumam ser muito moderados nesse sentido, ou seja: não colocam o sexo em primeiro plano.
Filosoficamente, essa postura se relaciona perfeitamente com o epicurismo.
O filósofo grego Epicuro acreditava que o segredo da felicidade esta na busca do prazer. Somos felizes se sentimos prazer. Mas isso não pode ser confundido com o hedonismo. Hedonismo é a busca do prazer descontrolado, a qualquer custo.
Epicuro dizia que prazer é a ausência da dor. Se andamos o dia inteiro com o sapato apertado, quando finalmente o tiramos, é um prazer.
Dessa forma, nada que nos traga dor pode ser prazer. Uma bebedeira pode parecer prazer, mas não é, já que nos levará, inevitavelmente, a uma dolorosa ressaca.
Para Epicuro, o segredo da felicidade é o prazer, e o segredo do prazer é a moderação.
Essa é uma filosofia que nos ensina a tirar prazer das pequenas coisas, de maneira moderada, controlada. Uma filosofia perfeita para um dominador, que deve, antes de mais nada, saber controlar a si mesmo, para só então controlar sua sub.
Ao não fazer sexo com sua sub na primeira ou nas primeiras sessões, ele não só mostra seu controle, como ensina sua sub a retirar prazer de pequenas coisas, a descobrir pequenos e infinitos prazeres que podem ir do cheiro do dono ao roçar das cordas no bondage, passando pelo colo do dono.
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Mestre Sade
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