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Gosto De BDSM E Agora?
50 TONS E AS MULHERES QUE SE DESCOBREM SUBMISSAS
Crônicas do Mestre Sade
O sucesso da trilogia 50 tons teve aspectos positivos e negativos.
O aspecto positivo foi que muitas mulheres se descobriram submissas – o que, inclusive, lotou os consultórios dos psicólogos.
Depois do movimento feminista da década de 1960, o ideal de mulher passou a ser exatamente o oposto da submissa. As mulheres hoje são fortes, estudam, trabalham, muitas vezes sustentam a família, muitas vezes são chefes em suas empresas. Essa nova mulher parece não combinar com a submissão – daí a corrida aos psicólogos.
Ocorre que a mulher submissa só se realiza sexualmente com a submissão (da mesma forma que uma mulher dominadora só irá se realizar no seu papel de rainha). Tenho conversado com diversas subs que dizem que simplesmente não sentem prazer no sexo baunilha, ou sentem muito pouco. Elas precisam se sentir dominadas, receber ordens, estar à disposição de alguém para se sentirem realizadas. Também é comum ouvir relatos de sentimento de proteção. Uma submissa me disse que o orgasmo BDSM é incomparavelmente melhor que o baunilha. Outra descreveu esse mesmo orgasmo como o nirvana. E outra disse que o colo do dono é o melhor lugar do mundo.
A verdade é que a submissão sexual não tem necessariamente relação com a submissão social. Embora haja mulheres que desejem uma relação 24-7 na qual viveriam integralmente como submissas (e essa escolha deve ser respeitada), também há mulheres que são profissionais de sucesso, líderes em suas áreas, chefas de família, verdadeiras guerreiras e, ainda assim, submissas na cama.
Da mesma forma que muitos gays acabam se envolvendo num relacionamento heterossexual por pressão da sociedade, ou por não se descobrirem, muitas mulheres acabam entrando em relacionamentos baunilha e se sentem infelizes. Os livros 50 tons e agora o filme as ajudou a se libertarem dessas amarras sociais e a procurarem relacionamentos em que se realizem, em que se sintam protegidas e possam contar sempre com o colo do dono. E não há nada de errado com isso. (MestreSade)
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Mestre Sade
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