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BDSM e a Segurança No Bondage

SEGURANÇA NO BONDAGE

Crônicas do Mestre Sade

O bondage pode ser uma atividade perigosa. Pode provocar sérios danos à saúde de quem é amarrado. Mas também pode ser relativamente segura, desde que haja a preocupação com segurança. Uma das maiores preocupações é com danos aos nervos e à circulação. Neste texto vamos tratar especificamente desse aspecto. As informações aqui valem tanto para o bondage americano quanto para o shibari quanto para o Guaimbê.

Nervos são parte de uma rede de estruturas que transmite impulsos elétricos. Eles são responsáveis por nossa percepção de mundo. Quando está frio, sabemos graças aos nervos, que enviam essa informação da pele para o cérebro. Quando quebramos um braço, sabemos por conta dos nervos, que avisam o dano ao cérebro.

Os nervos presentes em braços e pernas podem ser divididos em duas categorias básicas: sensoriais e motores. Os nervos sensoriais são responsáveis por enviar informações do mundo exterior ao cérebro e os nervos motores são responsáveis por enviar aos músculos as informações sobre o movimento que pretendemos fazer.

Para demonstrar a diferença entre os dois, vamos imaginar uma situação. Uma pessoa encosta a mão em algo pontudo e se fere. Os nervos sensoriais enviam essa informação ao cérebro. O cérebro, sabendo que o ferimento precisa ser tampado para estancar o sangue, envia, através dos nervos motores a ordem para que a outra mão aperte o ferimento. No dia-a-dia usamos ambos os nervos o tempo todo.

Nervos podem ser danificados de duas maneiras: através da compressão e através da ruptura

Para exemplificar isso, MissDoctor, no livro Better Bondage faz uma analogia com um pacote de macarrão. Se apertarmos muito o pacote, alguns macarrões irão se quebrar lá dentro (compressão). Se torcermos o pacote alguns macarrões irão se quebrar (torção). Da mesma forma, a amarração pode provocar danos através da compressão ou através da posição, que força partes do corpo, afetando os nervos.

Os dois processos podem ocorrer no bondage e podem danificar nervos sensoriais e motores.

Um indício de que há algo errado com os nervos sensoriais é quando a pessoa que está sendo amarrada deixa de sentir parte de seu corpo. Sensação de frio, formigamento ou calor em partes específicas do corpo também podem ser indícios de algo errado. Isso pode evoluir ao ponto de total perda de sensação. Uma forma de verificar a sensibilidade é quem está amarrando passar a unha sobre a pele. A comunicação entre as ambas as partes também é essencial nesse processo. Ao menor indício de problema, pare a cena e desamarre a pessoa antes que haja um dano real.

Problemas em nervos motores são mais complicados. Eles são mais grossos e têm fibras mais resistentes. Portanto, se há algum problema com eles, a preocupação deve ser redobrada. Se a pessoa que está sendo amarrada começa a sentir fraqueza em algum membro, dificuldade de movimentá-lo, dificuldade de apertar, isso pode ser indício de que há algo errado. Uma forma de verificar isso é quem está amarrando, por exemplo, forçar os dedos da pessoa e pedir que ela force de volta.

Outro problema que pode decorrer de uma cena de amarração refere-se ao sistema circulatório

A circulação é composta por veias e artérias. As artérias são responsáveis por transmitir o sangue do coração para os órgãos levando oxigênio e nutrientes. As veias fazem o caminho oposto: levam o sangue de volta para o coração para que ele seja oxigenado e enviado novamente aos membros.

As artérias tende a ser mais protegidas e profundas. Além disso, são bem protegidas pela parede muscular. Se uma artéria é comprimida ao ponto de bloquear a circulação, a pele tende a ficar branca. Esse efeito pode ser observado nas marcas que ficam na perna quando ficamos algum tempo sentados em uma cadeira macarrão. Além disso, a área pode ficar entorpecida. Esse um sinal a ser observado.

As veias normalmente são mais superficiais e vulneráveis. Enquanto o sangue das artérias continua passando normalmente na maioria das amarrações, no caso das veias a pressão das cordas pode ser suficiente para prender a circulação. Esse processo tende a criar mudança de cor na pele, começando com vermelho, depois azul e finalmente roxo. A mudança de cor não significa que esteja havendo um dano real, mas pode ser indício de que há algo errado. Na dúvida, pare a sessão. Normalmente a pele volta à sua cor normal de 10 a 15 minutos depois que a amarração é desfeita.

Normalmente dificuldades de circulação não costumam ser sérias

O problema maior é que elas podem mascarar danos neurais. Se a pessoa está com uma parte do corpo dormente, formigando por problemas de circulação, não irá conseguir perceber um problema de sensibilidade na pele provocada por problemas nos nervos sensoriais, só para dar um exemplo.

Na dúvida, atenção constante, comunicar-se sempre com a pessoa que está sendo amarrada, perguntando-lhe como ela está e parar ao menor sinal de dano.
Há outros fatores relevantes, como áreas do corpo que devem ser evitadas durante a amarração, mas isso é assunto para outro texto. (MestreSade)

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Mestre Sade

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