Conto Erótico – Sol Em Libra – Lésbico
- Tulipa
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Sol em libra
Autor Fernanda Isla
Desde sempre, eu fui uma marionete das mulheres. Minhas amigas mandavam e desmandavam em mim. Há um tempo, eu tive certa fama de ser um híbrido de sapo e galinha, mas mesmo assim, quando encontrava aquela mulher, era uma escrava dela.
Relacionamentos com mulheres me expulsaram do Chile e são praticamente a fonte dos problemas da minha vida.
Foi só ver Camila que eu soube que não havia mudado. Desde o primeiro dia, soube que ela tinha os requisitos pra ser aquela mulher. Roupa e cabelos desajustados, cara de quem dormiu pouco e que não está nem aí porque sabe que é bonita do mesmo jeito. Quando ela anda, eu vejo em seus quadris o perigo. O perigo que emana dela e quase torna a áurea roxa ao redor da brasileira visível.
Eu ia só comprar um café
Eu ia só comprar um café e em algumas horas estava no sofá de Camila fodendo ela, ela de quatro pra mim. E a gente fodeu tanto que viu cores. E a gente fodeu tanto que vimos formas e fomos mostradas outras realidades. Céus, a gente fodeu tanto que nossos corpos não aguentavam mais.
Eu ia só comprar um café, e uma estranha resolveu puxar papo comigo. E nós resolvemos andar pela cidade. E ela deu a desculpa de que já estava muito tarde e eu devia dormir na casa dela, porque era perto.
Fui jogada no sofá assim que ela fechou a porta. Ela não perdeu tempo de sentar em cima de mim e começar a rebolar, com um sorriso sacana de quem tinha acabado de me enganar. Eu coloquei minhas mãos em seus quadris, fazendo-a acompanhar o ritmo das minhas pernas.
“Talvez eu seja apressada, mas a culpa é sua” olhei Mila da cabeça até a cintura, boquiaberta. Qualquer palavra que tentasse usar para descrever a garota sentada em mim seria incompetente. Mas meu olhar conseguia transmitir todo o desejo. Como se lutasse para se aguentar e já não mais conseguisse, puxei a brasileira fortemente para perto, e comecei a deixar minha língua, lábios e dentes percorrem o pescoço de Mila. Eu levo as mãos que antes estavam nas costas e as ponho nos seios da garota. Era uma judiação para mim o tecido entre as peles, sabia que por baixo do tecido, a vagina de Mila roçava em meu ventre, debaixo do tecido, minhas mãos passeavam pelos bicos dos seios enrijecidos da brasileira. Tudo era um jogo e uma dança da judiação.
Felizmente, minha amante era piedosa
Vendo que eu sofria, tirou rapidamente sua blusa, e eu ri do fato de ela também não usar sutiã. Seios pequenos e perfeitamente redondos ficaram praticamente na minha cara. Resolvi tirar minha camiseta também, o tecido batia contra o mamilo já duro. As peles se tencionavam, os seios quase se beijavam, ansiavam pelo momento em que os bicos resvalavam, trazendo prazer para ambas. Eu me abaixei um pouco e comecei a chupar o seio direito de Mila. Aquela pele macia, aquele cheiro de mulher inconfundível. Minhas mãos apertavam o corpo dela, como se nunca fosse bastante, até que chegaram à barra de sua calça. Botei meus dedos pra dentro, passando por perto de sua vagina, e depois tirei, fingindo inocência.
Mas Mila tinha pressa. Apoiou os joelhos no sofá e se ergueu, o fecho de sua calça agora estava praticamente na minha cara e foi assim que ela o abriu e se livrou do jeans, restando uma calcinha de renda branca que era perfeita pra ela: uma súcubus disfarçada de anjo.
Eu a peguei pela cintura, girando-a de forma que fizesse ficar de costas para mim. Então, conduzi Mila a se sentar em meu colo mais uma vez, numa posição diferente agora. Sorri, aliviada por estar tão perto de ter o que meu desejo gritava
Beijava lentamente o pescoço dela, acariciando seus seios com uma mão e indo em direção à calcinha da garota com a mão livre, que coloquei por baixo da tira lateral, indo devagar para perto da vagina, e depois voltei à barra, apenas para tirá-la completamente.
Mordi a orelha dela, na mesma hora que comecei a tocá-la
E céus, a garota estava tão molhada, que meus dedos deslizavam sem dificuldade alguma. Com o resto do corpo, eu nos impulsionava para a frente e para trás. Queria sentir todo o corpo de Mila. Seu pescoço, seus seios, sua vagina. Fazia movimentos lentos com picos de firmeza, atiçando ainda mais aquela loira. Fechava os olhos, tentando me concentrar no que Mila me pedia com a linguagem corporal. Quando o clitóris da garota já estava bastante estimulado, me concentrei nele, circulando no ritmo do corpo em que a gente se movia. Ansiava pela hora em que Mila não aguentaria mais e eu a presenciaria derramando ainda mais líquido em meus dedos.
E é claro que ela tinha que gemer daquela forma. Daquela forma manhosa e alta que incomodaria os vizinhos se a casa não fosse tão grande. Aqueles gemidos que me deixavam louca de tesão e me faziam morder sua pele, porque era a única forma de eu me controlar. O corpo dela começou a tremer, e ela deu o último gemido, longo, como se um pedaço de sua alma estivesse a deixando.
Meus braços e pernas musculosas com o treino de anos de artes marciais ficavam trêmulos e bambas por aquela garota.
E ela sempre tem um jeito de rebolar sabe, de rebolar na sua cara e melar até o seu pescoço de gozo que simplesmente me faz querer entregar minha vida nas mãos dela.
Eu sou libriana. Eu posso ter várias mulheres, mas no fim, eu me rendo a uma.
E eu amo. A palidez. A maciez da pele. Meus dedos na tua vagina. Se mexendo pra onde quer que lhe ter prazer. Você se desmanchando e entrando cada vez um pouquinho em mim. Eu quero farejar o que dói, entrar dentro de você e sugar, como a porra de um espaguete. Eu quero ver nossas duas almas cujas existencias não acreditamos, saindo de nossas bocas quando nós nos provocarmos uma na outra, a explosão de um planeta.
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Relatos Sobre a Náusea é o primeiro livro da potiguar Fernanda Isla, que reúne treze contos focados em mulheres e suas percepções de mundo, suas formas de lidar com relacionamentos, principalmente com outras mulheres, e também suas maneiras de agir diante da existência, a qual, muitas vezes, pode se tornar um fardo. Moldadas com melancolia e dualidade, as palavras revelam o anti-heroísmo das personagens.
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