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SÃO, SEGURO E CONSENSUAL

O QUE SIGNIFICA SSC NO BDSM

Crônicas do Mestre Sade

Existem várias siglas que procuram definir a ética das relações BDSM, mas nenhuma é tão difundida quanto o SSC. O termo surgiu em 1983, provavelmente criada por David Steinm miltante do comitê GMSMA (Gay Male SM Activist). O objetivo era diferenciar as práticas do sadismo doentio, praticados, por exemplo, por psicopatas. 

A sigla ganhou notoriedade em 1987, quando foi amplamente usada na grande Marcha de Washington pelos Direitos dos Gays e Lésbicas, figurando em camisetas, boletins de divulgação e outros materiais promocionais.

Vamos entender cada um dos elementos do SSC.

O são refere-se à sanidade da relação e serve para diferenciar o BDSM de relações de abuso físico ou psicológico. Embora a linha entre o são e o doentio possa parecer tênue, uma maneira de identificar isso pode ser na forma como os integrantes da relação se sentem. Uma esposa que apanha do marido se sentirá arrasada, destruída, enquanto uma masoquista se sentirá realizada depois de uma sessão de spank. Embora as duas situações pareçam semelhantes, são na verdade bastante diversas. A masoquista se encontra em uma relação em que o seu bem-estar psicológico e físico é fundamental (tanto que é comum o after care, o cuidado pós-sessão). As relações BDSM são inclusive, apontadas como terapeuticas por muitos de seus praticantes (alguns relatam relaxamento, maior facilidade para dormir etc).

O consensual refere-se ao fato de que essas relações não são impostas

Todas as partes estão ali por livre e espontânea vontade e podem sair da relação a qualquer momento. O consensual também ajuda a diferenciar o BDSM do abuso. Em um estupro, por exemplo, a vítima não queria estar ali, não é uma relação consensual. No livro A história de O, a protagonista é o tempo todo avisada do que irá acontecer e deve dar seu consentimento. Em determinado momento, quando um rapaz se apaixona por ela e quer tirá-la do mundo do sadomasoquismo, ela se recusa, deixando claro que está ali porque sente prazer com a situação.

O item mais controverso da sigla SSC é o seguro. Ela não significa que as relações BDSM sejam 100% seguras.

Nada é 100% seguro

Comer não é seguro. Nos EUA uma criança morre a cada três dias vítima de engasgo com comida. Andar de carro não é 100% seguro. No Brasil, mais de três mil pessoas morrem em acidentes de trânsito todo mês.

O que a palavra seguro significa é que são tomadas as medidas necessárias para evitar que a prática provoque danos. Fazendo comparação com a questão do trânsito, colocar o cinto de segurança e praticar a direção defensiva não são garantias de que não ocorrerá um acidente, mas diminuem a chance de um acidente fatal. Da mesma forma, o fato do top tomar todas as medidas para evitar acidentes nas práticas não torna essas práticas 100% seguras, claro, mas evita acidentes e principalmente acidentes fatais.

Da mesma forma, o uso de preservativos não torna o sexo 100% seguro, mas diminui em muito as chances de doenças sexuais transmissíveis.

Seguro, portanto, significa isso: que serão tomadas todas as medidas necessárias para que as práticas não sejam perigosas. Para isso, claro, é necessário que o Top pesquise sobre as práticas e as medidas de segurança, anatomia humana, etc.

Se pensarmos a sigla como um todo, entendemos que a segurança envolve a consensualidade. Ou seja: o bottom conhece a prática, sabe de seus riscos e tem uma relação de confiança com o Top. Além disso, conta com a palavra de segurança, podendo parar a sessão a qualquer momento casos as coisas estejam saindo do controle ou a situação esteja insuportável. A palavra de segurança para a sessão antes que um dano real aconteça.

Mestre Sade

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